quinta-feira, 10 de abril de 2014

Castelos do Vale do Loire

Oi gente!
Acabando de chegar de um passeio pelo Uruguai, me lembrei de que ainda não terminei de falar sobre a viagem para a França de setembro passado. Escrevi sobre Paris e me envolvi tanto com o meu livro que não pensei em mais nada :-p
Muito bem. Agora que estou a fim de indicar alguns lugares no Uruguai, vou finalizar, primeiro, a viagem anterior.
Quando hospedados em Paris, pegamos um trem rápido para Reims (menos de uma hora), na região do Champagne. Infelizmente esquecemos de carregar a bateria da máquina fotográfica, então não quis fazer um post sobre o local, pois não tenho fotos de lá :-(. A única coisa que aproveito para pontuar aqui é que a cidade é super fofa e que vale muito a pena uma visita de um dia para um tour pelas caves de champagne. Não fizemos esse passeio porque eu não consegui reservar na época (e isso é indispensável para as melhores marcas). Por isso, não vou falar muito sobre esse destino, já que os detalhes ficariam prejudicados. Quando voltar lá (e vou voltar! :-), me prepararei melhor para dar dicas.
Passando ao Vale do Loire: ai, ai... :-)
Desde que cheguei em Brasília com quatorze anos para estudar, sou encantada com a França e sempre tive um sonho de conhecer os castelos do Vale do Loire. Nessa época, comecei a fazer meu curso de francês (CIL - Asa Sul) e me apaixonei pela língua, pela história e por tudo ligado a esse país.
Nos livros do curso, li sobre um castelo que era conhecido como o "castelo das damas" - ou algo parecido -, o Château de Chenonceau. Ele havia sido dado de presente à "favorita" do rei (sua amante declarada), Diane de Poitiers, que realizou obras, deixando-o lindo. Com a morte do rei, a rainha Catarina de Médici fez um acordo com a amante (fez acordo porque Diane era uma mulher muito influente e poderosa na corte, de modo que a rainha não poderia simplesmente expulsá-la para ficar com o castelo) trocando-o por outro, pois gostava muito de Chenonceau. Ela o aumentou e melhorou. Depois disso, sucessivas mulheres cuidaram do castelo (princesas, amantes e, por fim, uma burguesa que o salvou da destruição pela Revolução Francesa).
Assim, em setembro, quando cheguei a esse castelo e o vi pessoalmente, senti uma emoção muito grande. Foi um sonho realizado. Algo que, quando eu tinha quatorze anos e nenhuma expectativa de um dia ter condições de fazer uma viagem à Europa, parecia impossível de concretizar :-). Por isso foi tão especial :-).
Saímos de Paris em um domingo pela manhã e pegamos o carro que alugamos pela Hertz. Conhecemos dois castelos por dia: Chambord e Blois (dormimos em Blois), Amboise e Chenonceau (dormindo em Bourges). Todos maravilhosos.
O castelo de Chambord é lindo por fora, mas meio vazio por dentro. Não sobrou muito do mobiliário depois da Revolução Francesa. O de Blois é mais simples por fora, mas tem mais móveis, o que dá uma ideia melhor de como era à época em que habitado pelos reis e rainhas. Vejam fotinhos:

Château de Chambord

Château de Blois


Vista da cidade de Blois

Château de Blois ao anoitecer

Nessa primeira noite, ficamos no Hotel De France e De Guise, em Blois. Fiz a reserva pelo booking e a diária era de € 65. Para falar bem sinceramente, o quarto não era nada agradável e o banheiro esquisitinho. Entretanto, a localização era tão perfeita, que eu o indicaria para quem vai ficar apenas uma noite. Está bem no centro da cidadezinha e a uns duzentos metros do castelo (pode-se vê-lo da rua do hotel). Tem estacionamento público pago logo ao lado.
À noite, saímos para comer alguma coisa e caminhamos pela cidade quase vazia. Foi muito interessante. Parecia que tínhamos voltado no tempo :-). Só nós dois andando pelas ruelas medievais, sem ver quase ninguém.
Um dos poucos restaurantes que encontramos foi esse:


Na verdade era um lugar para tomar vinhos :-). Eles tinham vários e vários tipos de vinhos vendidos em taça ou em pichet (uma jarrinha).
Pedimos um pichet de meio litro, se não me engano, que custou € 12. Para comer, escolhi um risoto de funghi e meu marido, uma lasanha (em torno de € 8 cada prato). A comida não era tão boa, mas deu matar a fome e acompanhar o vinho (estrela principal :-).
O ambiente era bem agradável e o atendimento muito simpático (raridade! :-). Valeu muito a pena!
O Vinomania fica na 12 rue du Poids du Roi.
No dia seguinte, depois do café da manhã tomado em uma boulangerie da esquina do hotel, partimos em direção aos outros destinos.
Achei linda a cidade de Amboise. Super fofinha a praça principal em volta do castelo. Este é construído no ponto mais alto e tem uma ótima vista das casinhas medievais. Não é muito grande, mas é bem conservado. Gostei muito!
Ah! Na capela do castelo está enterrado Leonardo da Vinci :-). Fotinhos:

Vista da cidade de Amboise


Parte do Castelo de Amboise

Parte do castelo e muralha de proteção

Achei realmente uma graça a cidade e o espaço do castelo também é lindo. Para quem gosta desse tipo de visita, é uma delícia! Dá para se imaginar na idade média :-).
Almoçamos em um dos restaurantes da praça em frente ao castelo. A comida estava boa, mas, como não ficou no meu coração, não anotei o nome do local. Há várias opções parecidas nessa praça.
Depois, seguimos para Chenonceau. Lindo! Lindo! Lindo! :-) Fotinhos:

Vista lateral do castelo


Entrada frontal

Salão de festas construído pela rainha Catarina de Médici

Jardim de Diana de Poitiers

Gente! É incrível! Todo o mobiliário das salas, dos quartos, está muito preservado. Estava cheio de gente, então as fotos do interior do castelo não ficaram boas.
Também é quase uma viagem no tempo, podendo-se imaginar como era à época em que ocorriam as grandes festas e conspirações :-). Como tenho verdadeira fixação pela história medieval, fico maravilhada com esse tipo de passeio :-).
Depois de apreciar cada ponto do local, partirmos até Bourges, a cento e vinte quilômetros (precisávamos avançar mais em direção ao Sul). Escolhi essa cidade sem muitas pretensões, apenas porque ficava na direção da Provence, sabendo, também, que tinha sido muito importante na idade média.
Chegamos por volta das seis da tarde, deixamos as coisas no hotel Le Christina (bem localizado, com estacionamento fácil em frente e diária em torno de € 80) e fomos dar uma volta pela cidade.
Bem fofa também. Típica cidade medieval, com construções coladinhas e ruas bem estreitas. No entanto, o que impressionou mesmo foi a catedral gótica na praça principal. Não tinha ideia do que encontraria. Foi simplesmente a catedral mais alta que já visitei na vida (e olha que entro em todas as catedrais góticas das cidades que conheço). Uma maravilha! Vejam:




Só depois que voltei da viagem e comecei a ler um livrinho histórico que comprei em Paris, fiquei sabendo que muita coisa importante aconteceu em Bourges nos séculos XIV e XV. Bem legal.
É isso. No dia seguinte partimos para a Provence, objeto do próximo post :-).
Até!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Taypá Sabores Del Peru

Oi gente!
Preciso compartilhar com vocês um lugar maravilhoso para almoçar :-)
Na verdade, já tinha ido ao Taypá para jantar há um bom tempo e nunca mais tinha retornado (ficamos com preguicinha de sair do Sudoeste para ir à QI 17 do Lago Sul). Já na primeira visita, gostamos muito do restaurante. No entanto, após muitos meses, voltei com alguns amigos do trabalho para um almoço de sexta feira e foi quando me encantei :-)
O ambiente é agradável e o atendimento foi muito bom.
Para iniciar, já que era sexta, escolhemos um vinho branco :-). Foi o La Joya Reserva com a uva Gewurztraminer (minha amiga que fala alemão tentou me ensinar como se pronuncia essa palavra, mas a verdade é que nunca vou conseguir. Então, quando for pedir é só apontar com o dedinho no cardápio :-).
Que vinho delicioso! Super aromático, fresco, frutado, realmente muito bom! Para quem gosta de vinho branco, essa é uma ótima opção. No Taypá custou R$ 88,00 a garrafa.
Pedimos uma cesta de pães, a R$ 9,90. Muuuiiito gostosos! :-) Temperadinhos e quentinhos!
O menu de almoço executivo (de segunda a sexta) custa R$ 63,00, incluindo entrada, prato principal em sobremesa. São porções reduzidas das opções do cardápio.
Gente! Que delícia! Vejam as fotinhos que lembrei de tirar :-):




A entrada, que não está aí, foi o ceviche tradicional. Sempre tive preconceito com esse prato. Acho que experimentei uma vez e não gostei. Por isso, tinha certa resistência para pedi-lo novamente. Entretanto, como sou uma pessoa que adora comer e provar novas receitas, não podia desistir do ceviche :-). Adorei! Bem fresquinho e temperadinho.
Minha amiga que ama ceviche disse que, em Brasília, o melhor (ou melhores) é do Taypá.
O prato principal foi o Lomaso, um filé ao molho de vinho e funghi, acompanhado por nhoque de mandioca ao molho pesto de coentro. Nossa! Que maravilha! Eles conseguem fazer uma mistura de sabores que se harmonizam perfeitamente. Apesar dos ingredientes mais "pesados", o prato fica extremamente gostoso, equilibrado. 
Realmente adorei o Lomaso. Digamos que o único problema foi que meu filé não veio ao ponto. Na próxima, acho que será melhor pedir mal passado.
Para finalizar, a sobremesa. Um petit gateau de frutas vermelhas com calda de chocolate. Estava bem gostoso, mas meu bolinho não veio com o meio cremosinho :-(.
Enfim, foi um ótimo almoço. 
Se não me engano, só o prato principal custa em torno de R$ 60,00. No caso do almoço executivo, as porções são reduzidas, então dá para apreciar os três pratos, sem "morrer de comer". 
Gostei! Achei que valeu muito a pena. Já estou pensando no próximo almocinho :-).
O Taypá fica na SHIS QI 17, bloco G, loja 208 - Fashion Park - Lago Sul.
Até!


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Olivae

Oi gente!
Estou viva! :-)
Sumi daqui, porque agora inventei um novo hobby que está simplesmente me deixando alucinada: estou escrevendo um livro :-)
Cada minuto que sobra na minha vida eu uso para escrever loucamente. Não sei explicar. Fico tão submersa na minha imaginação que, às vezes, parece que meus personagens são reais :-) As cenas e os diálogos vêm à minha cabeça o tempo todo e tenho que fazer um grande esforço para me concentrar na vida real. Que coisa viciante! :-)
Pois bem. Resolvi passar (e espero voltar a aparecer com mais frequência) para falar de um lugar que gostei bastante. Depois de algumas experiências decepcionantes nesses meses de final e início de ano, conheci o Olivae.
Ele abriu onde funcionava o L'Atelier du Chef, na 405 Sul. Tem o ambiente muito agradável e um bom atendimento.
Estávamos em seis pessoas e as três meninas do grupo resolveram tomar um vinho. Então escolhemos um Malbec. Olha aí:


Super gostoso! Frutado, leve, saboroso, fácil de beber. Não me recordo exatamente do preço (lembrem-se de que agora minha memória e toda a minha atividade cerebral estão focadas no meu livro :-). Era R$ 75 ou R$ 80,00 a garrafa.
Como entrada, foram algumas bruschetas realmente boas. A que preferi foi a de presunto cru, que, segundo o garçom, entraria no cardápio deste ano. Vejam:


Delícia! Pão tostadinho, sem ressecar, e presunto de boa qualidade. Creio que custava R$ 16,00, mas não tenho certeza se nessa foto eram duas porções :-p
Já fui ao restaurante sabendo qual seria meu prato: Arroz de Pato :-). Tinha lido em algum lugar que eles o serviam e, apesar de ficar tentada a experimentar outras opções também interessantes do cardápio, não pude deixar de pedi-lo. Fotinho:


Hum... Bem saboroso. Menos "molhadinho" que outros que provei e adorei, mas devo dizer que foi um dos melhores que já comi em Brasília. Tem um toque de laranja que combina bem com a carne de pato. Ah! O preço também me agradou: R$ 43,00 (difícil encontrar pratos com carne de pato abaixo de R$ 60,00 por aqui...)
Meu marido pediu um filé a parmigiana (na faixa de R$ 40,00 também). Experimentei a carne e gostei. Só achei que não havia necessidade de arroz e batata. Uma das duas opções já seria suficiente como acompanhamento. Vejam:


Uma amiga escolheu um prato de carne. Era um corte especial (esqueci a denominação exata :-( Lembrem-se: Livro! Livro! Livro! :-) e ela disse que gostou muito. Olha que bonito:


Esse prato custou R$ 55,00 (se não me engano).
Também pedimos outro vinho, o espanhol Antaño, da região de Rioja, mas devo dizer que o da fotinho acima estava bem melhor. Não sei... Questão de gosto mesmo. Já tomei esse vinho outras vezes, mas o acho muito ácido.
Só a sobremesa que não ficou no meu coração. Pedimos um tiramisu, mas não tive o mesmo nível de satisfação que experimentei com os pratos. Veja fotinho:


Achei meio seco e sem muito sabor. Com licença das opiniões em contrário, para mim, não valeu R$ 22,00.
Enfim, gostei bastante do Olivae. Há pratos bem interessantes que variam de R$ 38,00 a R$ 60,00 (raridade em Brasília). A carta de vinho também tem boas opções. Com certeza voltarei :-).
Até!



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Cantina da Massa

Oi gente!
Domingo passado me deu vontade de comer um filé a parmigiana bem gostoso :-).
Há um bom tempo, fiz uma pequena seleção e dizia que, em Brasília, o melhor filé a parmigiana era o da Cantina da Massa. Havia tanto tempo que eu não voltava a esse restaurante que resolvemos trocar o Dona Lenha por ele, para conferir se realmente a minha impressão iria continuar.
Chegamos por volta das 14h. Meu marido escolheu um fettuccini com um molho de iscas de filé (esqueci o nome desse molho). Eu, claro, fui lá para isso, então não podia deixar de pedir o filé a parmigiana.
Quando se pede uma carne, pode-se escolher dois acompanhamentos ou um, se for massa ou risoto. Mesmo sabendo que não combinava, eu queria comer nhoque (adoro). Pensei, pensei e decidi por um molho que vem com champignon e pedaços de tomate. Achei que seria o mais leve entre os molhos (não gosto de alho e óleo e o de quatro queijos ficaria muito pesado), o melhorzinho para acompanhar a estrela do almoço, que era o filé a parmigiana.
Veja a fotinho:


Gente!
O filé estava uma delícia!!! Super macio, com o molho de tomate muito saboroso e o queijinho gratinado perfeito. Adorei cada garfada!
Tinha dito para o meu marido que daria um pedaço do meu filé para ele, pois o prato era grande, mas não dei nada :-) Comi absolutamente tudo e pensando: "Continua no topo da minha lista" :-).
Mas a massa realmente não combinou nada. Era melhor eu ter pedido um arroz branco. Comia as duas coisas separadamente, pois o molho do nhoque sobressaía, atrapalhando a degustação do filé.
Senti falta de um molhinho mais leve para optar por massa como acompanhamento do filé a parmigiana. Como não gosto de alho e óleo, sobrava o quatro queijos, para escolher molho que não fosse de tomate como o da carne.
Meu marido gostou do prato dele.
Pedi um Álamos Malbec em taça para acompanhar. Bem gostosinho.
Das vezes em que fui ao Cantina da Massa, fiquei super satisfeita mesmo com o filé a parmigiana. Acho diferenciado, um prato que vale a pena. A carne sempre muito macia, o molho bem saboroso, com queijinho de muito boa qualidade.
Quanto às massas que já experimentei, bem... são boas. Ainda não consegui me apaixonar por nenhuma opção.
Acho os vinhos caros. Há poucas opções de garrafas abaixo de R$ 80,00. A taça de Álamos que eu pedi custou R$ 23,00. Já tomei a garrafa desse vinho por R$ 53,00 na Capodano, que eu adoro. Enfim...
O prato do meu marido custou R$ 38,00 e o meu filé a parmigiana, R$59,00.
É isso! Até o momento, o filé a parmigiana do Cantina da Massa continua no topo da listinha no meu coração :-).
Até!

sábado, 2 de novembro de 2013

Paris 2013 - parte 3

Oi gente!
Continuando meus relatos de comilanças por Paris, hoje vamos falar de pato: foie gras e magret de canard :-).
Quanto à primeira iguaria francesa, o foie gras, que significa fígado gordo, era uma novidade para mim. Apesar de já ter ido duas vezes à França ainda não tinha tido a curiosidade de experimentar, até porque ao pensar que nada mais é do que um fígado cheio de gordura de pato, ganso ou marreco eu não me atraía muito.
Trata-se de um prato que causa muita polêmica, pois a forma como é produzido não é agradável de se conhecer: a ave é alimentada dia e noite até morrer com o fígado super gordo.
Sem entrar nesse mérito - já que como carne de frango que, sabemos, também não tem uma vida muito interessante até o abate - e respeitando as opiniões a respeito do assunto, eu precisava experimentar o foie gras, tão apreciado por muitas pessoas.
Pois bem.
Andando pela Rue Saint André des Arts, uma ruazinha linda, fofa, gracinha em Saint Germain de Prés, cheia de restaurantes apetitosos, com uma arquitetura antiga do jeito que me encanta, buscávamos um lugar com carinha tradicional para comer algo à noite e tomar um vinho (sempre, claro :-). Depois de passar por vários restaurantes bonitinhos, encontramos o Vins et Terrois (66, Rue St. André des Arts). Ao consultarmos o cardápio e gostarmos, percebemos que havia um selinho de indicação da Danuza Leão. Pensei que deveria ser bom. Entramos.
O lugar é bem agradável, com decoração interessante em madeira e garçons simpáticos (isso mesmo :-). Nos sentamos em uma daquelas mesinhas que ficam praticamente grudadas às outras e, como meu objetivo era o foie gras, foi ele que pedi. Meu marido ficou na dúvida se escolheria logo um prato, mas o convenci a esperar a minha entrada para ver se eu conseguiria comer tudo sozinha ou se ele deveria ajudar. 
Escolhemos um vinho tinto em pichet bem gostoso, mas não me lembro do preço, algo em torno de € 10. E então veio o foie gras, com a sempre presente cestinha de pão que amamos em Paris:


O foie gras vinha com um pedaço de pão adocicado e geleia de figo. 
Quando comecei a comer, pensava: Nossa! Que coisa deliciosa. Realmente é algo muito bom mesmo!
Meu marido comentava a mesma coisa.
Ao chegarmos na metade, dizíamos: É bem gostoso, mas meio forte, não dá para comer muito.
Já mais para o final, eu pensava: Ai, ai... um pato morreu gordo e tiraram isso de dentro dele. Estou comendo pura gordura crua.
Pois é... estaria mentindo se dissesse que não gostei, mas também não é verdade dizer que amei :-). Não consegui deixar de pensar no pato morrendo e no tanto de gordura que eu estava ingerindo. Enfim...
A questão é que, querendo comer foie gras ou não, eu indico esse restaurante. Me pareceu bem tradicional, com um bom atendimento e preço razoável. Ninguém ficou de cara feia por resolvermos comer só a entrada com um vinho e irmos embora. Me senti bem.
O foie gras custou € 16 ou € 18 (esqueci de guardar a nota fiscal). Servem fómula de almoço de segunda a sexta por € 16. Vale a pena conhecer. Além disso, um passeio pela região é obrigatório.
Gostei da experiência. Não digo que nunca mais comerei foie gras, mas não é algo fico pensando e desejando.
Agora um prato que, mesmo comendo várias vezes na viagem, não cheguei nem perto de enjoar é o magret de canard (peito de pato). Nossa! Adoro! Adoro! Adoro! :-).
É uma carne firme, com um pouquinho de gordura (a única gordura de carne que consigo comer) e sabor marcante. Quando bem feita, fica macia e saborosa. Gosto tanto que, para mim, é difícil entender quando alguém diz que acha horrível a carne de pato.  
Como disse anteriormente, uma das minhas metas da viagem era comer o máximo de pato que eu conseguisse, já que gosto tanto e lá, por ser um prato mais tradicional, eles normalmente acertam o ponto de cozimento, além de ser muito mais barato que aqui (digo isso porque já comi magret de canard caro e duro por aqui).
Dos lugares em que comi esse prato em Paris, vou indicar o que mais gostei. Na verdade, onde comi o melhor magret de canard até hoje, é o L'Ange 20 Restaurant.
Um verdadeiro bistrot, com capacidade para umas vinte pessoas apenas e mesinhas bem juntinhas. A cozinha fica aberta e praticamente junto aos clientes (o que esquenta um pouco o ambiente para quem fica mais perto do balcão que a separa das mesas).
O mais legal é que esse restaurante ficava na frente do "nosso apartamento" :-). Então, no dia em que resolvemos ir, eu fui para a janela ver se estava lotado ou se poderíamos encontrar uma mesa.
Ao chegarmos, por volta das 21h, o garçom pediu para esperarmos uns cinco minutos até caírem as reservas. Logo entramos e nos sentamos.
Eu já sabia o que queria e meu marido me seguiu no magret de canard. Fotinho:


Na verdade era um misto de peito e coxa de pato. Troquei as coxinhas por dois pedacinhos de peito com o meu marido, já que ele prefere aquelas a este.
Gente!
A carne estava perfeita! Ao ponto, macia, saborosa. Realmente deliciosa. E os acompanhamentos, batata, vagem e puré de abóbora, também estavam muito bons, com temperinho gostoso e suave.
Comi elogiando até a última garfada. Para ficar na memória :-). Foi um dos melhores pratos da viagem. Custou € 16.
Se estiverem no Marais, conheçam o L'Ange 20. Muito bom mesmo!
Fica na Rue Geoffroy L'Angevin, n. 8. Acho bom reservar, pois é bem pequeno.
É isso. Já estou com saudades dessa cidade maravilhosa que, graças a Deus, tive a oportunidade conhecer :-).
Até!





Quintay Clava Chardonnay

Oi gente!
Passo por aqui, entre os meus posts sobre a viagem à França, para falar de um vinho branco maravilhoso que experimentei na última quinta feira, o Quintay Clava Chardonnay.
Eu já falei da Vinícola Quintay aqui quando comentei sobre o "melhor rosé da minha vida" :-). 
Na quinta passada, estive com um pequeno grupo de queridos amigos no Cellar, e, ao chegar, o Lívio nos disse que estavam com alguns vinhos em promoção, um Chardonnay e um Pinot Noir da Quintay e um espumante rosé brasileiro. Quando ele disse R$ 45,00, decidi que precisávamos escolher um Quintay, já que na Adega do Vinho ele custa R$ 59,00 (depois de sair tontinha de lá, fiquei pensando se o preço era esse mesmo, R$ 45,00, pois realmente estava muito bom, em comparação com o preço na adega :-).
Esqueci de tirar fotinho do vinho, mas aí vai uma que encontrei no google:


Simplesmente delicioso! Super aromático, fresco, leve, saboroso. Até agora estou pensando nesse vinho :-). Já quero tomá-lo de novo :-).
Muitos amigos preferem vinhos tintos. Uma amiga me disse uma vez que não gosta dos brancos porque são muito leves, sem sabor. No entanto, eu sempre digo: você tem que experimentar um bom vinho branco. 
Esse chardonnay é um vinho que eu indicaria para quem ainda não aprecia muito os brancos. Servirá para começar a perceber que há vinhos brancos muito gostosos, com sabores e aromas marcantes e identificáveis. 
Evidentemente, eu o indicaria também para os que já gostam de brancos, pois, até agora, foi um dos melhores brancos que já provei :-).
Até!


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Paris 2013 - Parte 2

Oi gente!
Continuando como as minhas dicas sobre a maravilhosa Paris, hoje quero falar de comilança :-) Óbvio que não poderia faltar, né? Vindo de mim, o que esperar de uma viagem para a França? :-).
Pois bem.
Especificamente quanto às boulangeries, não tenho muito o que dizer, apenas que em todas pelas quais eu passei encontrei croissants, baguetes, sanduíches e tortinhas doces incríveis.
Perto do "meu apartamento" havia uma padaria que gostamos muito. O nome era Victor 1920 Artisan Boulanger Patissier, mas no pacotinho estava escrito Legay Choc, que, ao que me parece, é do mesmo dono. A primeira fica na Rue Rambuteau, 33, e a segunda, na Rue Ste Croix de la Bretonnerie, 45. As duas são bem próximas do apartamento em que fiquei.
Tanto o croissant quanto a baguete eram deliciosos, mas eu preciso mesmo é falar do cheesecake! Estranho falar de um cheesecake que comi em Paris, sendo que esse doce nem é de origem francesa, não é mesmo?
Por isso mesmo fiquei tão encantada! Só para se ter uma ideia, meu marido não gosta de cheesecake. É difícil convencê-lo a dividir um comigo. No entanto, após experimentar o dessa boulangerie, ele queria comprá-lo todos os dias :-). Veja fotinho:



Ele não tem calda de frutas vermelhas. É só a base e o creme de queijo com não-sei-o-que-mais delicioso. Leva alguma coisa no topo, mas acho que é mais para dar brilho.
Gente (pausa e suspiro)!!! 
Eu simplesmente adorei isso. Não sei explicar exatamente o gosto. É algo viciante, com o doce na medida certa, super saboroso. Posso dizer seguramente que é um dos doces mais deliciosos que já comi na vida. E o mais impressionante é que meu marido também achou isso, mas disse que é bom porque não parece cheesecake :-). Eu acho que parece sim, só que sem o doce da calda que normalmente vai no topo (que eu também gosto, diga-se de passagem) e, claro, é feito com os produtos de excelente qualidade encontrados com mais facilidade e a preços bem menores do que se vê aqui no Brasil (infelizmente).
Como provei doces perfeitos em várias padarias em Paris, não sei se esse cheesecake maravilhoso é exclusividade desse local. Por isso eu digo: se encontrarem cheesecake em qualquer boulangerie em Paris, experimente! Aliás, experimentem todos os doces que virem nessas padarias. Tudo é delicioso mesmo :-). 
O cheesecake custava € 3,50 e o croissant € 1. O resto eu não me lembro.
Outra comidinha a ser comentada neste post é o crepe que comi por lá, mais especificamente a galette e o crepe :-). Lá se é salgado, é galette, se doce, é crepe. Fotinhos:




A primeira fotinho é da cidre para acompanhar :-). Uma amiga me informou que galette ou crepe se come com cidre (não é aquela coisa ruim que a gente vê nos supermercados daqui a R$ 5,00 heim! :-). É uma bebida típica da Bretanha, feita com maçã. Confesso que não me apaixonei. Prefiro acompanhar com um bom vinho (aliás, prefiro acompanhar tudo com vinho :-), mas, como gosto de entrar no clima do local, valeu a pena.
A galette, com a massa de trigo sarraceno, foi de presunto, queijo e cogumelos. Estava deliciosa!! Dá para comer a massa pura que já é saborosa. 
Para a sobremesa, escolhi o crepe com calda de caramel salé. Um caramelo que está "na moda" por lá, com um toque de sal. Super gostoso!
Ah sim! O local em que comi essas maravilhas é o Breizh Café. Li no Conexão Paris que era uma das melhores creperias de Paris (parece que já ganhou como a melhor) e, por isso, precisei ir lá :-). 
Fica na 109, Rue Vieille du Temple. A uns dez minutos a pé do "meu apartamento" (saudade... :-).
A galette custou em torno de € 9, o crepe, € 5 e a cidre, por volta de € 9.
Outra informação muito útil: as galettes e crepes do In The Garden, ali na Asa Norte, perto da gente, não são muito diferentes dessas do Breizh. Percebi que podemos comer galettes e crepes com a qualidade encontrada em Paris. Eu já adorava o In The Garden, agora o admiro ainda mais. Realmente o dono conseguiu manter a tradição e a qualidade dos produtos dele, mesmo aqui, onde tudo é mais caro.
Além dessa creperia, comemos crepes em diversos outros locais :-). Devo dizer que quase todos os dias, depois do almoço, passávamos em uma banquinha de crepes à emporter, para um crepe de nutela. 
Nossa! Viciamos em crepe de nutela. A combinação desse creme de avelã com a massinha do crepe é perfeita! Délice!! :-)
Até!